Luís Portela: “Área do medicamento foi profundamente sacrificada. Fatura-se menos 30%”
18 de Agosto de 2015

O presidente do Health Cluster e do laboratório Bial, Luís Portela, considera que a política de saúde dos últimos quatro anos foi demasiado centrada nos medicamentos. E lamenta que pelo caminho tenham ficado outras reformas, como a reorganização dos hospitais.

A investigação que se faz em Portugal precisa de sair das universidades para as empresas ou há o risco de o conhecimento gerado ficar perdido pelo caminho. A convicção é de Luís Portela, 64 anos, médico de formação e chairman da farmacêutica Bial.

O também presidente do Health Cluster Portugal – um pólo de competitividade da saúde que pretende dar asas internacionais a este sector – considera que a política de saúde dos últimos anos foi demasiado focada no setor do medicamento e garante que isso atrasa o desenvolvimento de fármacos. “O setor teve de apertar o cinto e nos últimos anos foram despedidas 2500 pessoas.

Houve algum exagero” nas medidas tomadas, diz, e “quem vier a seguir, da mesma cor ou cor diferente, deverá levantar um bocadinho o pé do acelerador”.

 

[Fonte: Público - Foto: Patrícia Martins]