Farmácias vacinaram 9 mil no primeiro dia
5 de Outubro de 2015

A campanha de vacinação contra a gripe começou apenas na quinta-feira, mas teve logo uma elevada afluência. Só nas farmácias foram vacinadas cerca de nove mil pessoas, segundo dados facultados ao DN pela Associação Nacional das Farmácias. No Serviço Nacional de Saúde não houve problemas, mas os centros de saúde estiveram cheios de marcações, refere a Direção-Geral da Saúde.

Apesar de a campanha estar a decorrer até ao final do ano, há muitos doentes que correm aos serviços logo no primeiro dia. E muitos até abdicam da vacinação gratuita para irem às farmácias.

Sílvia Rodrigues proprietária, da Farmácia Ferrer, em Castelo Branco, e vogal da direção da Associação Nacional das Farmácias, confirma ao DN a elevada procura. “A procura foi muito elevada porque as pessoas já sabem que podem vir às farmácias de forma tranquila, num serviço de proximidade e com qualidade.”

Na sua farmácia, o dia também esteve cheio e apareceram também idosos, que até poderiam aceder gratuitamente à vacina no SNS, não tendo de pagar os habituais seis euros por dose (sem a comparticipação de 37%). Graça Freitas, a subdiretora-geral da Saúde, ainda não tem dados sobre os primeiros dois dias de vacinação no país. Mas admite que os centros de saúde foram muito procurados. “Correu tudo muito bem, mas sabemos que os centros de saúde estiveram a vacinar no limite das marcações.”

Apesar de não haver motivos para a corrida, sublinha que é habitual “os primeiros dias serem um pouco atípicos. Há muitas pessoas que já têm receitas há vários meses, desde julho ou agosto, e preferem logo fazer a vacina no primeiro dia”.

A procura foi elevada mas não foi reportada qualquer falta de vacinas. “Quando não há queixas, sabemos que está a correr tudo bem. Os 1,2 milhões de doses de vacinas disponibilizadas para Portugal vão chegando em tranches ao país e às unidades, até porque não há capacidade para as armazenar em sistema de frio. Mas para já a procura está a ter a resposta necessária.” Sem previsões de eficácia a vacina, deste ano, contra três tipos de vírus, foi elaborada tendo em conta as expectativas de quais serão os vírus em circulação, mas ainda é cedo para saber se será a mais adequada. “Esperemos que os vírus em circulação sejam os mesmos que estão nas vacinas, mas só mais tarde vamos saber. Quanto mais parecidos forem, melhor”, diz Graça Freitas. Neste momento não se sabe ainda quando irão começar a surgir os primeiros casos de gripe, mas é recomendável receber a vacina de preferência até ao final do ano. A DGS recomenda a vacinação sobretudo a idosos, grávidas, doentes crónicos ou imunodeprimidos e aos profissionais de saúde. Tal como o DN noticiou ontem, doentes em diálise, transplantados e crianças e adolescentes em instituições passam a ter acesso gratuito à vacina.

[Fonte: DN]