Erradicação da malária cada vez mais próxima
7 de Outubro de 2015

A erradicação da malária nunca esteve tão próxima. Actualmente, as mortes por malária em todo o mundo são menos de metade em relação há 15 anos.

De acordo com os últimos relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da UNICEF, a taxa de mortalidade já baixou 60% desde 2000. Os dados levam os especialistas a considerar que se caminha, progressivamente, para o fim da doença.

O investigador do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) Henrique Silveira diz à Renascença que esta evolução se deve ao “esforço concertado entre diferentes instituições internacionais, ao interesse dos governos locais para implementar as medidas de controlo e a um conjunto de investidores”.

Henrique Silveira assegura, no entanto, que o caminho a percorrer é ainda é muito longo. “Embora haja um grande sucesso global, em alguns locais esse sucesso não é assim tão evidente. Existe alguma desigualdade no controlo da doença”, revela.

Este investigador afirma que só mantendo o nível de investimento que está a ser feito na erradicação da malária, é que será possível eliminar totalmente a doença: “A malária é transmitida por mosquitos. Nesse caso, se nós só tratarmos a doença e esquecermos os mosquitos, dificilmente vamos chegar à eliminação”.

Nesse sentido, o investigador do IHMT diz ainda que, para se travar a doença, é necessário que se controle a transmissão: impedir que o mosquito infectado chegue às pessoas.

 

[Fonte: Rádio Renascença através de Medlog Sgps]